terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Se a moda pega... rs!

Chinesa aceita acordo para bater em marido só uma vez por semana

Uma chinesa da província de Chongqing assinou um acordo com o marido que permite que ela o agrida fisicamente no máximo uma vez por semana.

O acordo - assinado perante familiares e testemunhas - foi proposto pelo marido, um homem de 32 anos identificado apenas pelo sobrenome Zhang, porque, segundo ele, era frequentemente agredido pela mulher, Chen, quando discutiam.

Chen pratica kung fu desde a infância, e disse ao jornal Chongqing Evening News que "não consegue conter suas mãos" durante uma briga.

Ela admitiu ainda que se arrepende cada vez que vê o marido com o olho roxo.

Zhang e Chen, que se casaram há seis meses, dizem que querem continuar juntos.

Ele contou que desde o namoro já havia sofrido com a agressividade de Chen.

Pelos termos do acordo, ela terá de passar três dias na casa dos pais se passar da cota semanal de agressões.

"Ela é muito obediente em relação aos pais, e os pais dela sempre me dão apoio e a culpam", disse Zhang ao jornal.



Fonte: http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/12/08/ult36u47462.jhtm

sábado, 17 de outubro de 2009

Crônicas de um alienado

Acordei. Mais um dia pela frente. Ligo a TV, “morre fulano de tal, uma favela do rio foi invadida e morreram tantas pessoas (...)”. Vou para o trabalho e trabalho duro mesmo, pois faço até hora extra! Às vezes tenho a impressão de que trabalho mais do que recebo. Aí vem a moça do sindicato e me fala de um tal de Marx com uma tal de “mais valia” e eu nem sei o que é isso. Logo vem meu patrão e me fala: - Esse sindicato não presta tome cuidado pois eles não se importam com o seu emprego, só querem ganhar “um por fora”. Após vou à faculdade, pois me disseram que se um dia eu trabalhar muito vou conseguir “chegar lá”, e nessa perspectiva vou levando dia após dia, sem me interessar pelos assuntos relevantes, afinal de contas a novela e o BBB são mais importantes. Chega o sábado. Acordo cedo porque “Deus ajuda quem cedo madruga”, e já na primeira hora começo a trabalhar, pois o trabalho “enobrece o Homem” e vou seguindo. As vezes me questiono “Por que uns têm tanto e uns têm tão pouco?” mas já vem alguém e me diz: - “Cara! Não fala isso não. Eles ralaram muito para chegar lá, a gente é que não trabalhou o suficiente”. Quando termino o trabalho ligo a TV e está passando o jornal. “Morrem dezenas de pessoas (...), o crime organizado está cada vez se armando mais e (...)” paro para tomar um café, afinal ninguém é de ferro. Volto para assistir ao jornal. ”(...) mas o político construiu um castelo e a CPI deve ser instaurada!” fico com medo até de sair de casa. Assisto novela e depois algum programa humorístico, então vou dormir. Estou tão acostumado a não jantar que me esqueço de fazê-lo. Chega o domingo. Acordo bem cedo pois é dia de fórmula 1, depois assisto ao domingão e ... domingo é tão parado que fico sem fazer nada até a hora do Fantástico. Chega a segunda. É mais um dia pela frente. Ligo a TV...

domingo, 11 de outubro de 2009

O macaco, o Direito, o Ministério Público e o instituto do habeas corpus

Recentemente, tomei conhecimento de que o Ministério Público da Bahia, por intermédio de seu Núcleo do Meio Ambiente, impetrara ordem de habeas corpus em favor de uma chimpanzé de nome "Suíça", que estaria sofrendo coação ilegal (!) em virtude de ato abusivo perpetrado pelo Diretor de Biodiversidade da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos- SEMARH, já que estava sendo mantida aprisionada no Parque Zoobotânico Getúlio Vargas (Jardim Zoológico), em Salvador, Bahia. Eis como a impetração descreve os fatos: " Conforme cópia anexa do Inquérito Civil 08-2005, instaurado pela 2ª. Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, a paciente, integrante da espécie chimpanzé (Ordem: Primates; Sub-ordem:Antropoidea; Super-família:Hominoidea: Família: Hominidae; sub-familia: Gorillinae; Espécie: Homo Troglodytes) se encontra aprisionada no Jardim Zoológico de Salvador, numa jaula com área total de 77.56 m2 e altura de 4.0 metros no solário, e área de confinamento de 2.75 metros de altura, privada, portanto, de seu direito de locomoção."
Não sei por que razão, mas, ao ler a petição de habeas corpus imaginei-me lendo o capítulo inicial de "A Metamorfose", em que o insuperável Kafka descrevia a transformação de Gregor Samsa num inseto monstruoso: "Estava deitado sobre suas costas duras como couraça e, quando levantou um pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom, dividido em segmentos arqueados, sobre o qual a coberta, prestes a deslizar de vez, apenas se mantinha com dificuldade." O paralelismo dos absurdos estava, portanto, estabelecido.
Curioso e ávido do desafio a que a petição estimulava, fui, aos haustos, deixando-me levar pela incursão no território da absurdez. Em minha mente, porém, acostumado a lidar cartesianamente com o direito ortodoxo, confesso que não conseguia entender como a corajosa impetração haveria de contornar os obstáculos para demonstrar a possibilidade jurídica do pedido.
Depois de proceder a uma análise do escorço histórico do instituto do habeas corpus, e de demonstrar como os direitos sociais foram sendo assegurados, além da ocorrência de mudanças significativas da sociedade, a impetração se depara com o primeiro grande entrave para o conhecimento do pleito: é que a Carta Magna, ao dispor sobre o instituto do habeas corpus, assim se expressa: "Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder".
Ora, como contornar a exigência legal constante do vocábulo "alguém", considerando-se que a paciente é uma chimpanzé? A cada instante, pois, a petição se tornava mais kafkiana. Segundo o léxico, o vocábulo "alguém" apresenta os seguintes significados: "alguma pessoa; determinada pessoa; pessoa de relevo intelectual ou social; ente, pessoa".
Na ignorância do meu pensamento tradicional, não me parecia que a definição da etiologia do termo pudesse ser atribuída à espécie animal. Considerar-se uma chimpanzé como alguém, seria, não há negar, dar uma forma de interpretação muito alargada, diria mais, de um surrealismo incrível, inaceitável, sobretudo partindo do respeitável órgão do Ministério Público. Mas a petição ali estava, era real, existia mesmo.
A impetração insistia na inacreditável idéia de que o macaco em nada difere da pessoa humana, podendo, por isso mesmo, ser considerada, igualmente, pessoa. Logo, sendo pessoa, conseqüentemente, sendo alguém, poderia beneficiar-se da previsão constitucional, que exige como paciente de habeas corpus pessoa humana.
Pois bem. Mas a impetração não ficou por aí. O segundo ponto que teria de superar, seria considerar ilegal a prisão a que se achava submetida a chimpanzé.
Sob esse aspecto, partiu-se de uma constatação real, qual seja, a de que ela se encontrava "presa" (?) numa jaula com área total de 77,56 m2, o que, segundo se alegou, seria insuficiente para abrigar a primata (!), pode-se dizer, consangüínea dos hominídeos.
O local da prisão não era outro lugar senão o Jardim Zoológico.
Incompreensível, portanto, a irresignação do MP em comento, já que a chimpanzé não se encontrava nem no Presídio de Salvador – onde ficam os presos provisórios-, muito menos na Penitenciária Lemos Brito – onde permanecem os presos já condenados-, menos ainda em qualquer cela de Delegacia de Polícia, mas, no zoológico.
Mais intrigado fiquei ainda quando imaginei que só a chimpanzé "Suíça" estava tendo esse privilégio de obter o patrocínio do Ministério Público para "relaxar " a sua prisão dita ilegal. Creio que os demais animais deveriam ter direito à extensão da ordem de hábeas corpus, uma vez concedida.
Aliás, não apenas os macacos, mas, igualmente, os leões, os elefantes, as girafas, os hipopótamos, e porque não, os veados.
Bem, mais não é só isso. Há um outro aspecto decorrente de adotarmos essa visão vesga do MP da Bahia: é que sendo a chimpanzé considerada sujeito de direito, evidentemente que deverá ser também sujeito de deveres, e como tal, penalmente imputável. Assim, não demoraria o legislador mais afoito, dentro do ritmo esquizofrênico de como as leis são elaboradas em nosso país, a querer alterar o Código Penal para incluir o tipo do "macaquicídio", ou seja "tirar a vida de macaco". Ou, o que seria igualmente temerário, um tipo penal associado ao crime próprio, que só poderia ser praticado pelo macaco.
No final do mandamus, mais curioso fiquei ao constatar que o impetrante pedia a concessão da ordem nos seguintes termos: "a paciente espera e confia na concessão do pleito" Fico a imaginar que decepção seria para ela a denegação do pedido...
Diante de tudo isso, sendo eu o juiz - e ainda bem que o não sou - e fosse competente para julgar esse sui generis hábeas corpus, já que teria de indeferi-lo, mas, preocupado com a reação imprevisível da chimpanzé, e no intuito de consolá-la não poderia dar outra decisão, a não ser aquela que lhe destinasse...

uma banana...

Como diria Otávio Mangabeira: "Pense no absurdo, na Bahia há precedente".


Sérgio Habib - professor da Universidade Federal da Bahia


HABIB, Sérgio. O macaco, o Direito, o Ministério Público e o instituto do habeas corpus . Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 872, 22 nov. 2005. Disponível em: . Acesso em: 09 out. 2009.

sábado, 15 de agosto de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

Argumento Deletério indicado ao prêmio TOP BLOG!



Olá pessoal!

Nosso blog foi indicado ao Prêmio TOP BLOG na categoria Variedades! Votem e nos ajudem! Obrigada a todos que nos dão apoio! Bisous galera!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Não prestamos, mas nos amamos




Talvez não exista outra frase que melhor descreva o “amor” de Diego Rivera e Frida Kahlo. Marcado por relacionamentos extraconjugais, a vida destes dois têm muita história para contar. Afinal, o que os unia era a imensa admiração que um tinha para com o outro, além de enaltecerem lealdade, mas não fidelidade. Essa fidelidade que encobre com um véu a propriedade que o tão desejado amor moderno receita. Que adoece relacionamentos, traz uma relação patológica de neuroses, medo e inquietação constantes.

Olho para o lado dos que têm asas grandes demais. E, assim como alguns amigos pensam, MALDITOS os românticos que como sinônimo de amor elegeram o sofrer! Descobri estes dias que Borges se casou aos 68 anos, permaneceu casado por três e separou-se, afimando que foi um "equívoco". Não temos certeza dos relacionamentos de Borges por sua discrição, sabemos que casou-se novamente e morreu 54 dias depois.

Mas, voltando a Diego e Frida. Formavam um casal interessante, admirável e excêtrico, que revolucionaram e foram além da época em que viveram. Frida sofria de vários problemas físicos, e, como ela mesmo disse era pobre, com várias contas à pagar, bebia, falava palavrão e não podia ter filhos. Ainda sim, Diego ficou ao lado dela até os último dias de vida e afirmou que o pior dia da vida dele foi quando Frida morreu. Havia ali um admiração intensa e recíproca, nas palavras de Diego: Frida traz alegria para a vida de qualquer um. Frida era uma mulher de notável talento e traduzia poeticamente para tela todo o seu sofrimento. Assisti a um tempo atrás a peça Do Tempo e da Paixão - Fragmentos descontínuos de Frida Kahlo, onde se retrata de forma poética a morte e as relações humanas a partir da história de Frida. Muito bem encenado, minhas lágrimas que o digam.

Como um casal, o "amor" deles superou o tempo e o espaço, o sexo fácil que Diego conseguia e o bissexualismo de Frida. E isso não foi nada perto do que estes dois superaram e, também, não é algo para superar. Conviviam bem com isso. Afinal, queriam lealdade e não fidelidade. Não são o exemplo perfeito de casal para a grande maioria (uma pomba com um elefante) , mas, niguém pode negar, são revolucionários e admiráveis.

PESADELO MARXISTA

Ontem li este pensamento pro Wesley pelo telefone, ao final ele me disse: "Essa é pra mim! Publica no bloooog!". Então:

...Essa é pro Wesley...

Me disseram que o Congresso está fechando
e todos os políticos se aposentando,
que os bancos estão quebrando
e todos os banqueiros se mudando.
Me disseram que os burgueses
moram em favelas e que comem feijoada,
que os favelados têm educação e saúde
e são os melhores doutores e artistas.
Me disseram que os juízes são justos
e que os promotores promovem justiça,
que o Brasil é uma nação
e que os brasileiros são livres e
iguais perante às leis.

Me disseram que eu estava sonhando,
que os políticos continuam se corrompendo,
os banqueiros enriquecendo,
os burgueses no luxo,
os favelados no lixo,
os juízes injustos
e os promotores inertes;
que sou vagabundo,
para eu cedo madrugar
e receber ajuda divina
se quiser ter casa, comida e cama
para dormir e sonhar.

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sexta-feira, 27 de março de 2009

Banda Benflos


Benflos

Banda carioca de rock com um som criativo, marcante e estranho, Benflos carrega letras sarcásticas, irônicas, bem e mau humoradas, de uma acidez única -- coisas do tipo: "me contaram que os anjos fazem suruba no céu", "Spray de pimenta para namoros tão neuróticos", " Pancada bem dada no meu testículo", " O castelo do homem por incrível que pareça é o banheiro". A banda ainda conta com performances ao vivo teatrais (confiram no youtube BENFLOS), segundo consta no myspace da própria banda : "As apresentações ao vivo são performáticas e usam elementos audiovisuais fora do comum como: um arakiri fofinho, um asfixiante método anticoncepcional, lições de higiene pessoal em larga escala, carnaval minimalista explosivo e pequenos instrumentos musicais exóticos. Tudo mesclado com a música, proporcionando ao público uma espécie de cabaré-experimental-excêntrico", ou seja, uma manifestação artística indisciplinada, seria o termo mais adequado, conjugada com o profissionalismo dos membros da banda. Formada por Daniel Martins (baixo, guitarra e bateria), Diogo Brandão (voz e perfumaria), Guilherme Carrera (guitarra e bandolim), Diogo Salles (guitarra e voz) e Ricardo Aragão (bateria e baixo), Benflos é uma grande nova/velha revelação -- já que não é tão recente a formação da banda, porém, sem apresentações atuais (infelizmente) e ainda desconhecida por boa parte das pessoas (não sei se isso é bom ou ruim). Quem quiser sair do tédio acesse: http://www.myspace.com/benflos e quem quiser ter uma dose de Benflos acesse: http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=8035 .

sábado, 14 de março de 2009

Café-da-manhã em Plutão


Café-da-manhã em Plutão

Quero um amor “plutônico”
Ver o Sol nascer em Mercúrio,
Fazer amor em Vênus,
Nadar nos mares perdidos de Marte
Explorar as luas de Júpiter
Passear pelos anéis de Saturno
Vislumbrar o azul-esverdeado de Urano
Voar aos ventos de Netuno
Saborear com meu amor
um café-da-manhã em Plutão

Diferente daquele amor platônico unilateral, mas um amor sincero, sonhador e sensível.





quinta-feira, 5 de março de 2009

Poesia


A poesia não é institucional
ela é despudorada
é suburbana
é intrometida

A poesia não pertence a niguém
não tem amarras
chega sem permissão
é subversiva
carrega máculas
não conhece regras

A poesia é arte
e arte não obedece
a nenhuma autoridade
desconhece a moral e o medo
é atrevida e desbocada
poesia é sem educação.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Caos Penal


Bom, meus colegas tanto cobraram que aqui estou eu! Resolvi fazer algo diferente, sair um pouco da filosofia propriamente dita. Mais isso não impede que meus nobres colegas amantes de Filosofia deixem seus comentários!
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Caos Penal

Alguns dias venho pesquisando algumas coisas acerca do sistema penal no Brasil, e tenho me deparado com alguns intrigantes questionamentos, já que com a atual situação de cumprimento das penas, tanto um Direito Penal Máximo, onde se puniria um delito simples com as penas mais pesadas, e um Direito Penal Mínimo, onde as penas seriam adotadas de forma mais branda não surtiriam efeito na sociedade hoje em dia.

Mas por que essa questão permeia não só meus pensamentos, mas também de tantos juristas que hoje escrevem artigos e mais artigos, textos e mais textos defendendo um ou outro sistema?

Uma das coisas que se vê para essa acirrada disputa de sistemas, é uma população

sedenta de vingança para com aqueles que atentem contra a moral, os bons costumes e a segurança pública, sede essa muitas vezes (para não dizer a maioria) alimentada pela mídia e sua necessidade de “mostrar trabalho”, levando os legisladores a adotar cada vez mais leis, mais punições e criar um sistema onde vemos normas de mais e punição de menos.

A lei que vigora na época que foi ocorrido o crime deve ser cumprida na sua integridade, dando atenção ao caso concreto, para que não se cometa enganos. Não vejo a solução ser pautada na criação de uma nova lei a cada novo crime cometido como vemos hoje.

O empresário foi seqüestrado? É só criar a lei de crimes hediondos! (Lei: 8.072/90). A jovem foi morta a golpes de tesoura, sem direito a defesa? Vamos colocar o homicídio qualificado no rol dos crimes hediondos! (Lei: 8.930/94). Policiais são acusados de tortura? Ora, é só criar uma lei de tortura (Lei 9.455/97). A criança foi arrastada e morta por menores de idade? Então a solução é discutir a redução de maioridade penal!

Não seria mais fácil, ao invés de criarem milhares de leis, fazer com que os culpados cumprissem as penas, encaixando a estas todas as agravantes que o caso merecia, do que deixa-los por algum tempo presos e depois serem beneficiados por um regime de progressão onde o “bom comportamento”, dentre outros requisitos rende uma liberdade mais cedo do que se imaginava?

Meus caros amigos desculpem o ditado, mas de boas intenções o inferno está cheio! Vocês acreditam mesmo, que um bandido, e quando eu digo bandido não pensem no pai de família sem antecedentes que não teve outra escolha, estou falando de Fernandinho Beira Mar, Suzane von Richthofen, Guilherme de Pádua dentre tantos outros, que eles vão mesmo conseguir uma progressão por bom comportamento porque realmente estão arrependidos? Ora, até o lobo mal se fingiu de amigo da Chapeuzinho Vermelho para comer a vovozinha! (risos).

Só conseguiremos um resultado efetivo, no que tange esse assunto quando enfim a população parar de ver a mídia como simples informadora dos fatos, e se convencer que a intenção dela é muito mais que isso, que a boazinha mídia – leia-se Rede Globo (hoje em dia não só ela), só põe na cadeia quem ela quer, só tira da cadeia quem ela quer, só faz aprovar as leis que ela quer!

Como já disse, a solução não reside no Direito Penal Mínimo, nem no Direito Penal Máximo. O que faz a seriedade de um sistema, e a confiança do povo nele, não é o tanto que ele pune, mas a eficácia de sua punição, e por punição entenda não só trancafiar o indivíduo numa cela com 20 outros detentos, mas garantir condições para a ressocialização deste, claro se essa for possível.

Enquanto isso não ocorrer vamos ter um Direito Penal midiático, imediatista e sem eficácia.

A solução começa por aqui, destruindo seus conceitos antigos e reconstruindo um mundo novo!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Forças da Natureza


Desde que o ser humano se entende por "homem" procura dominar a natureza, desfrutá-la a seu bel-prazer, submetê-la a caprichos racionais -- hoje em dia cientificamente pensados. Claro, estratégia de sobrevivência, afinal, temos que perdurar a espécie por séculos guela abaixo do mundo.

O que antes se explicava com mitos e com magia hoje se explica com ciência e tecnologia. Se os antigos davam uma atribuição divina aos eventos naturais, hoje nossos pares necessitam de uma explicação científica. Insaciável em sua sede de conhecimento, porquês e nuntrindo profundo amor por seus sistemas, o homem vem talhando aos poucos a face de sua própria destruição. Ainda que o termo da moda seja "desenvolvimento sustentável" vemos a selvageria do homem brutalmente racional e econômico. O desenvolvimento só será sustentável se der lucro, oras! E que se exploda quem não conseguir acompanhar! O sistema dá oportunidade de todos conseguirem um lugar ao sol (não esqueçam do protetor solar... Radiação ultravioleta, camada de ozônio, pode ser perigoso...).

Enfim, volta e meia vemos a rebeldia da "dominada" natureza, sua força adormecida eclodindo com uma energia impiedosa. Enchentes, secas, vulcões, tremores de terra, ... , 2 +2 = 5, assim por diante. O ser humano ainda não não caiu na "real", tem a arrogância de se auto declamar detentor do conhecimento racional e dominador das forças selvagens. Em prol de uma humanidade mais desenvolvida. Impressionante, não?! Quem manda aqui, hein?

Bom, eu vou ali pegar um exemplar de "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo" do Darwin. Parece interessante.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

pensamento abstrato de alguém em estado mental de loucura avançado

Já que meus nobres camaradas resolveram se calar perante argumentos deletérios, sigo com uma nova postagem, melhor, pensamento. Segue:

Se observar que um ser humano clama demasiadamente por afeto, interne-o! Ele pode dormir até com um cachorro!

Senhorito Wesley, lembro-me muito bem da gargalhada a lá Hannibal Lecter que deu quando li ontem pra você este pensamento abstrato de alguém em estado mental de loucura avançado, ou seja, eu. Portanto, cometa KCT!

bisous a todos!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Assim falou Kama Sutra


Segundo Millôr Fernandes, o melhor livro escrito foi "Assim falou Kama Sutra". Talvez para os seres masculinos esta opinião seja unânime. Não para os seres femininos. Pobres mulheres, vão tão alto em seus devaneios, atingem em tal grau o êxtase sentimental, que não voltam, perdem-se num mundo de cartase.
Não precisa ser aquele ou este, achando um pra Cristo despejam no coitado todo tipo de variadas emoções e desejos até que fiquem malucos. O importante para elas é viver, e diga-se INTENSAMENTE a história do príncipe encantado.
As mulheres têm tal poder de enlouquecer os homens para realizarem suas fantasias, podemos dizer egoístas, que eles acabam entrando no jogo.
Coitados, pobres homens, não devem entender da história a metade. Simples ou não, é assim, elas dizem estar em busca do tão desejado amor. Encontram um Cristo, digo, homem; investem toda a carga e expectativa emocional. Eles as presenteiam com "Assim falou Kama Sutra", elas os presenteiam com uma história de príncipe encantado (pode ser qualquer uma, o importante é que no final todos sejam felizes para sempre). E, de repente, há um choque de opiniões — para os homens, ou de sentimentos — para as mulheres; observemos ambas as óticas. Eles começam a ver os seres femininos como desequilibrados, elas começam a ver os seres masculinos como animais, que só pensam no sentido antropológico da coisa. E assim continuará, como um regresso ao infinito: as mulheres nunca se sentirão saciadas, pois não conseguem chegar no "todos foram felizes para sempre"; e o homens.. Bom, coitados, já disse.
O que os seres femininos almejam vai além da razão, mas, o que é razão? Refaço a frase: o que os seres femininos almejam vai além da razão masculina.
Ah sim! Não posso deixar de falar sobre aquelas que canalizaram em um homem toda a sorte de expectativa e sentimentos, se vincularam — matrimonialmente falando, e levaram um balde de água fria. Na estante só sobrou "Assim falou Kama Sutra"... Às vezes nem ele. Por fim desistiram de entrar no transe emocional e se conformaram com seu morno destino. Entretanto, posso afirmar, a sementinha da história do príncipe encantado está dentro delas.
Os homens dizem não entender o desequilíbrio feminino, as escolhas e desejos malucos das mulheres. Enfim, a pergunta que vem à tona: O que faz os seres masculinos, dotados de razão, se deixarem seqüestrar para este mundo dos seres femininos, um verdadeiro caos de sentimentos irracionais? Haveriam múltiplas respostas ou nenhuma.
Na verdade, a beleza das mulheres está aí, em seu desequilíbrio. Talvez resida neste desequilíbrio feminino o encanto masculino em algo tortuoso, e a opção de nunca deixar de apreciar a beleza feminina. No final nunca os seres se entenderão, nem se as respostas e os porquês fossem facilmente encontrados.
Em um trecho de seu livro -- Além do Bem e do Mal, Nietzsche, meu grande amigo bigodudo, diz o seguinte: "Admitindo-se que a verdade seja feminina -- não haveria alguma verossimilhança ao afirmar que todos os filósofos, enquanto forem dogmáticos, não sabem como lidar com mulheres? Que a trágica seriedade, a indiscrição inoportuna com que até agora estavam acostumados a conquistar a verdade não eram meios pouco adequados para cativar o coração de uma mulher? O que é certo é que essa não se deixou cativar -- e todos os dogmáticos têm hoje um semblante triste e desencorajado. Se é que têm um semblante qualquer!"
Enfim, o que Zaratustra diria do embate entre seres masculinos e femininos?
E, mulheres, chega do bordão: "Homem é tudo igual". Se são todos iguais, por que escolhem tanto?

Bom, peço desculpas ao meu caro Wesley por postar primeiro. Grande abraço a todos!